Um poema por cumprir
Uma palavra por sentir
Um verso por florir
E digo-o sentido
Com a alma em lágrimas
Com o coração ferido
Com a pele em mágoas
O corpo prisioneiro das palavras
As mãos cansadas de escrever
Os dedos amortecidos pelo prazer
De sentir e de ler
Esses versos sentidos
Que falam do ser
Incompreendidos
Incompreendidos
Sem nada mais saber
Solidão soberana em reino de sentir
Solidão soberana em reino de sentir
Trono da poetisa
Chão da sacerdotisa
Tripé da pitonisa
Lamento sem mentir
Dessa verdade que ajuíza
Não saber mais o que seguir
Em sensível entendimento
Perdida no pensamento
Em jardins proibidos
Desfloram desgostos
Afloram ansiedades
De versos perdidos
De antigos gostos
De omitidas verdades
Doidos sentimentos
De tanto sentir por cumprir
De todos os meus lamentos
Que ao corpo e alma ainda hão de vir
Saberei eu cumpri-los
Saberei eu senti-los
Saberei eu admiti-los
Tanto e tudo que nego de mim
E desse puro fingimento
Sonho com o trono do meu fim
Fica a vida por cumprir
Curto será o impedimento
Se a vida por mim não decidir
Se curto for o tormento
E tudo em mim omitir
E tudo em mim ferir
E eu não precisar mais fingir
…
musa
Poema de meditação purgação do SER às 11h11 do dia 11/11/11
Poema de meditação purgação do SER às 11h11 do dia 11/11/11
3 comentários:
Adoro os seus poemas. Parabéns!
A alma da poesia sente-se sempre incompleta...
Belissimo :)
Como te vou lendo nos grupos, o tempo não dá para vir ao blogue...
Lindos, sempre, os poemas...
Bjo :)
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