domingo, 18 de maio de 2014

TU SABES DO POEMA QUE É TEU


Não sentes mas sabes por mim
Que em breve da vida me despeço
E do silêncio te peço
O abraço que mereço
Num aperto sem fim
Tal como a profundidade do peito
Como se o meu corpo fosse berço
E a minha alma fosse o leito
Onde o silêncio vem repousar
Este sentir intenso desfeito
De sentidos latejar
Profundo pranto
E dizer-te quanto
Gosto de ti

Tu sabes do poema que é teu
Sabes onde as palavras se embalam
Das que gritam e das que calam
Tantas as saudades por dizer
E desta vida em despedida
Muito antes da partida
O tanto que não pode acontecer
E o silêncio e a dor sentida
Neste aperto imenso de peito
No teu abraço me deito
No poema por escrever
Este sentir imperfeito
Que fica por dentro a doer
Sem saber o que dizer
No olhar silenciado
Fica o abraço apertado
Fico quieta ao teu lado
Até adormecer
...
musa

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