Frialdade adormecida em névoa sobranceira
Quando da morte espreita de luz à cabeceira
Essa fealdade estremecida no escuro dorido
Que o medo desconhecido faz todo o sentido
Temerosa de pânico e pranto dessa escuridão
Fechar olhos na mortalha ou dentro do caixão
O receio devora a alma e todo o pensamento
A hora que acalma por dentro o sentimento
Poema algum em tempo e cura atenue o sofrer
Ou as palavras certas para a metáfora da vida
Sejam o refrão do verso que fique por escrever
E os livros encerrem nas tábuas do destino
Até à última morada encurtem a partida
E o medo se perca pelas pedras do caminho
…
musa
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