CHORO IMPULSIVO
O sentir dos ventos graníticos no pó dos tempos
O sentir dos ventos graníticos no pó dos tempos
A corroer grilhões da ilusória vida
Na leveza insustentável do infinitoNum milímetro de pele toda a identidade indefinida
O lento chamamento quase grito
O choro impulsivo da treva perdida
Poeira dos sonhos a cobrir a alma de poesia
Aberta de verbos a ferida
Uma gota de hora sobre o corpo adormecido
Um vendaval de silêncio a escorrer
Um minuto acontecido
Como se o sangue fosse anoitecer
E fossem os dedos anelares mantos
E dos olhos pérolas descobertas
Todas as palavras decifradas
O código dos risos e dos prantos
A mão amarga dos poetas
Vidas malfadadas
E trémulo o caminhar
Em convulsivo devaneio
Apenas uma lágrima do olhar
Dividida ao meio
...
musa
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