A MORTE DO SEGUNDO ANDAR
A morte chegou esta madrugada e entrou
Sem dizer ao certo ao que vinha levou consigo
O homem do segundo andar ao duro castigo
Que a vida insegura e triste o empurrou
Nas escadas arrastadas as mãos vazias
Sem conhecer outras mãos de afagos e apertos
Nos olhos entristecidos longínquos afectos
Duro o ferro do corrimão que as faz tão frias
E a manhã bem cedo nunca mais lhe ouve o passo
Ou o silêncio que arrasta entorpecido e só
Agora descanso do eterno e doce cansaço
Nunca mais os bons dias mudos e desesperados
Que a terra reclamou cinzas e sopro de pó
Agora corpo inerte a esperar de olhos fechados
…
musa
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