TANTO TARDAR DESTE ABRIL
Prometeram o pão a paz e a liberdade
E os cânticos evadidos das prisões
Prometeram fugaz a breve docilidade
O sangue bramindo seio dos corações
A tarde prometida num filho desejado
Livre o amor o beijo e as mãos dadas
O desejo há tanto tempo assim calado
De palavras escondidas amordaçadas
Proféticos ventos a saudar cravos pela rua
À alma de mentiras num canhão por disparar
Como se a poesia a deixasse assim tão nua
Fome medo frio martírio que goza esta humanidade
E traz flores e cânticos e uma revolução no seu olhar
Tanto tardar deste Abril de dores solidão e saudade
…
musa
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