Pode dizer-me a senha?
Nos cafés, nos autocarros, nos comboios, no banco do jardim
Há vales, prados, campinas, floresta
Há clareiras luminosas de cetim
E a vida parece uma festa
E se eu te emprestasse o meu olhar
Podes dizer-me a senha, por favor?
Abre os teus olhos e deixa-me entrar
Ainda que na natureza
A folhagem da vida
Tímida na incerteza
Dúbio despertar
A árvore o peito
Um vale escondido
Um recanto esquecido
O lugar perfeito
Do sexto sentido
A cédula da memória
O cais perdido
Vale para além da história
Ou da eternidade
A senha inglória
Temerosa cumplicidade
Lágrimas desfeitas
Lembranças imperfeitas
Senha da intimidade
Sem saber o que dizer
Contar ou escrever
A chave da saudade
...
musa
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