O que dizem os teus olhos
perdido na cor dos teus espelhos
da alma
deslumbrado pelo gentil rosto
sereno
desgovernado nas curvas dos teus
labios romã
onde pescador algum se salva
enfeitiçado pelos teus cabelos cor
de feno
aurora resplandecente da luz da
manhã
moreno amanhecer
redobrado prazer
que imagens me trazes do mundo
trago as melodias das florestas
o conhecimento intímo profundo
a alegria dos sorrisos e das
festas
a respiraçao murmurante dos
oceanos
as ondas da maresia dispersas
o cantar dos ventos em silêncio
estranho
a sensualidade da musa do norte
o sonho sem medida sem tamanho
enleada num véu de cor
transparente
suave brisa de encantamento
o entardecer que olhar sente
estendido o pensamento
há um brilho no teu olhar
um rasto de sombra em liquidez
profundidade de mar
ou espelho de timidez
ou flor por descobrir
orvalho colorido
vontade de descobrir
esse encanto sem sentido
onde o silente murmúrio do olhar
quase insano quase proibido
quase insano quase proibido
brilha humedecido e estende a mão
além do tempo que assim pode
conspirar
pode até ser somente a ilusão
da terra que se estende além mar
que eu nunca conseguirei embalar
em vagas dos olhos nessa longura
alma estendida por toda a parte
em imensidão e loucura
unindo pontes do sentir
rebeldia em sensivel
impulsividade
e tudo o que a alma possa
permitir
há uma mecha de cabelo solta em
desalinho
cumplicidade dos olhares em
docilidade
dança de sentidos no teu rosto
sereno
que escondem os teus olhos do
destino
feitiço oração elixir ou veneno
perturbando a minha tranquilidade
perturbando a minha tranquilidade
o rumo o caminho
palavras a desoras
não sei se demoras
se fico a esperar
que sejam horas
para te encontrar
...
musa
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