quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

VAZIO

VAZIO

A ausência do corpo sobre o leito
Desocupado espaço da prostração
Traz a memória quente onde deito
Ainda a luz acesa dessa solidão

E por mais que entre a claridade
Iluminando lençóis da pele humedecidos
Há marcas indeléveis da saudade
Aquecendo de lembranças os sentidos

Gotejam alumiadas no calor imperfeito
De um verso nos lençóis adormecido
O calor abafado e profundo do meu peito

Despojado o corpo na brancura do vazio
Fica silêncio em marcas carnais no tecido
Sobra a ténue clara sombra luz e frio

musa

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