CHUVA DE SAUDADE
do tempo de não ter-te
valados de saudade sulcaram águas
reunindo as chuvas que não cessam de chorar te
em obliqua fronte desse pranto
desaguei o olhar doce encanto
no sentir te fiz me nascente
rio em abraços para o mar
húmido e quente
em gotas a pingar
docemente
a chuva que não cessa de cair
no branco acinzentado da claridade
em cor de chumbo a fingir
raiar de cinza a tonalidade
que olhar e saudade fazem sentir
reúnem se águas em véu manso escuridão
desnorteados ventos vêm dançar
sopram gotas na clara ténue ventania
da saudade e da melancolia
a chuva do silêncio e da solidão
na terra e no mar
faz se poesia
…
musa
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