quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

AINDA TU

AINDA TU

Ainda que não compreendas
Nem tão pouco possas aceitar
Nada te peço que entendas
Esta minha solitude amar
Há vagas enraivecidas
Nos meus olhos o mar
Ondas enfurecidas
Quase a naufragar
O vento bordando a sal
A orla húmida do olhar
Este sentir carnal
Que adentro a rasgar
Me faz tão mal
Parece morrer
Na branca espuma
O amor a desfalecer
Em vagas uma a uma
E de lágrimas desfeita
Toda a solidão do mundo
Este sentimento profundo
Esta dor em que me afundo
Esta maré de sentido perfeita
Que em enlevo solidão
Quase degredo escuridão
A noite em longínquo oceano
É da imensidão da paixão
Que eu sinto por ti
Sem limite sem tamanho
Ainda tu
Ainda o que não perdi
Ainda eu
E este sentir estranho
Que no mar se perdeu
E no verso sobreviveu
E de poesia senti
E no poema vivi

musa

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