e
voo ao outro lado
louca
existência
tresloucada
demência
este
jeito fechado
de
ser e sentir
incandescência
ao
cais
Parto
do Porto
Vou
partir
sem
nunca ser demais
voos
loucos efusivos
em
sentires depressivos
entre
gritos sustenidos
na
garganta doces ais
acolhe-me
Gaia
qual
margem que desmaia
de
cores na outra banda
vestida
chitas e cambraia
para
lá nessa debanda
linha
ténue da raia
fronteira
de chão e de água
marcando
os sentidos
murmúrios
sussurro gemidos
me
parto pranto de mágoa
a
olhar rio espelhado
dando
forma a sonhos perdidos
sombras
Douro clareado
num
parto escuridão
Porto
parto em poesia
numa
ponte de solidão
de
partida palavras humedecidas
esvoaçante
silenciosa fantasia
de
todas as lágrimas esquecidas
de
ti partirei um dia
Parto
de mim
do
Porto ao cais
da
alma ao corpo
do
poema ao sentir
...
musa
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