Há dias
Em que a carne suspira sossego
A alma embrenha-se no medo
Dias em que a dor por cumprir
Se eleva em redenção
Quase dor por sentir
Em suspiração
Há dias em que o corpo macilento
Rendido aos químicos e à morfina
Tropeça no cansaço quezilento
Da dor que o moí e assassina
E assim fica abandonado
Esse corpo perdido cansado
Dias em que as palavras são agulhas
Poemas são bisturis afiados
Dias em que versos são faúlhas
De fogos em dor incendiados
Dias em que o pensar é solidão
E os sentimentos afogueados
Chamas de um sentir comiseração
E o corpo ruma a um só lugar
Perdido sem se encontrar
Corpo e alma desencontrados
Paz do Ser nunca vão achar
Nesses dias resignados
Clamam resignação
No silêncio de orar
Como quem tece
Oração
Prece
...
musa
2 comentários:
OLÁ ANABARBARA
AQUI ESTOU, POR VEZES ENCONTRA-MO-NOS PELOS ORIZONTES, AGORA ENCONTREIA POR AQUI!!!
O QUE INTERESSA É ESTARMOS!!!
AQUI OU EM OUTRO LOCAL!!!
O SEU POEMA MUI TRISTE... ESPERO E DESEJO QUE NÃO SEJA DE MOMENTOS ATUAIS!!!
1 BEIJO LÍDIA
Há dias em que o verso nos toma como oração e prece
Bjo.
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