As
violetas do prado não são umas violetas quaisquer
Nascem
selvagens na terra arrefecida
Perfumam
o prado como se fosse uma mulher
Em
traje negro de roxas rendas vestida
A
terra seda húmus de odor humedecida
Bordam hortas lameiros prados desfraldadas cortinas
Um
jardim de flores odores vida
Fazem
das violetas versos rimas
Como
alcatruzes de chuva ao luar
E
na bordadura fumegante do ribeiro
Entre
lírios grinaldas goivos pervinca boninas
Na
terra húmida fria escura a desabrochar
A
tinta roxa liquida do tinteiro
De
um poema por escrever
Sob a luz da escrita
Feito
de violetas pequeninas
Com
um perfume intenso doce endoidecer
Violetas
tantas e tantas e mais
Imenso
jardim que jamais posso esquecer
As
hortas olivais cortinhas quintais
Podem
existir em todo mundo
Mas
o cheiro das minhas violetas do prado
Em
mim para sempre guardado
Não
existe na natureza jamais
Assim
entranhado profundo
...
musa
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