quinta-feira, 16 de abril de 2009

ENTRE O SONO E O SONHO

O sono e o sonho de luz
Que de penumbra meus olhos seduz
Como me assusta esta forma inventada de assim tudo dizer
Sou sono e sonho poesia flor de mágoa que nunca vivi
Sou tão o que sinto o que me fica cá por dentro a endoidecer
Caminho para uma luz que me chama o que no verso já senti
Este belo dizer disperso dor fluente que me faz transparecer
Entre o sono e o sonho de luz em cama de palavras metamorfoseadas
Vagueia louca entontecida fluindo se solta de mágoas poesia com asas
E se eu fosse anjo que me aconteceria de estar aqui este dia
Já fiz promessa de vida devaneios ser apenas penas e assim me construir
Do sono adormecido venho vindo de mãos dadas com a claridade alegria
Sonhei que era um anjo da lua uma estrela pendurada e que nada mais temia
Mas vi com nitidez bem crua crueldade esses tristes sonhos no meu sono ruir
Caminho da fonte alma pingando gotas de luz onde bebi com satisfação
São húmidas migalhas do sono que dentro de mim ficaram pelo chão
Se eu soubera que a fonte luminosa já secara por que teria ido beber
Mas sou anima muralhas insatisfeita desejosa que da morte quer viver
Dou-me corpo poético de formas feitas por inventar
Eu que sou tão de palavras e assim me assumo
Às vezes ainda que tudo eu queira ultrapassar
Dou comigo doida perdida da vida já sem rumo

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