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sábado, 3 de março de 2018
SOMBRIO INTERIOR
Perdeu o gozo da vida
A vontade de viver
Fechou a porta
Para morrer
Retirou as cortinas
Abreviou a despedida
E sem muito bem entender
A súbita desilusão da aorta
Sem nada dizer ou querer
Pois nada mais importa
Do cimo da alma fez saber
Do sombrio interior
Do sonho abandonado
Do pranto e da dor
Do silêncio calado
Confessou que haveria pó
Sobre os ossos e o olhar
Por cima de tudo a ser deixado
Quando velha e só
Já nada dissesse
Mais ninguém a visse chorar
E a casa já esquecida
Numa berma da vida
Alguém a pudesse
Encontrar
...
musa
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1 comentário:
Profundo, muy profundo.
Como la misma vida,
que al aproximarse su fin,
se apaga sola.
Profundo.
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