PARA TI MEU AMOR
Cheguei aos teus braços
Com metade da vida já vivida
E muitos sonhos alinhavados
Nas dobras do esquecimento
Raízes em fel enredadas
De uma memória de cansaços
Arrancadas do chão
Em súplica e sofrimento
Palavras de uma escrita antiga
Gravadas no memorial do tempo
Velhos despojos de pedras tombadas
A tangível luz quebrada na cintilação
Talvez no teu olhar escondida
A pedra basilar da excitação
Uma arqueologia carnal perdida
Ou somente as mãos cansadas
De como eu sombra a vaguear
À procura de um peito aberto
Um corpo inteiro por sentir
Um jardim meigo e secreto
Onde o amor possa existir
Além do azul olhar
...
musa
Sem comentários:
Enviar um comentário