terça-feira, 12 de dezembro de 2017

PARA TI MEU AMOR

PARA TI MEU AMOR

Cheguei aos teus braços
Com metade da vida já vivida
E muitos sonhos alinhavados
Nas dobras do esquecimento
Raízes em fel enredadas 
De uma memória de cansaços
Arrancadas do chão
Em súplica e sofrimento
Palavras de uma escrita antiga
Gravadas no memorial do tempo
Velhos despojos de pedras tombadas
A tangível luz quebrada na cintilação 
Talvez no teu olhar escondida
A pedra basilar da excitação
Uma arqueologia carnal perdida
Ou somente as mãos cansadas
De como eu sombra a vaguear
À procura de um peito aberto
Um corpo inteiro por sentir
Um jardim meigo e secreto
Onde o amor possa existir
Além do azul olhar 
...
musa

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