VELHA SAIA
Guardo histórias na bainha descosida
Da velha saia que vesti
De antigas memórias de uma lembrança perdida
De coisas de lugares de um tempo que quase esqueci
E no esquecimento sem saber ao certo
O rumo desorientado e incerto
Por caminhos de infinito
Prantos lamentos a prece o grito
A erguer altar mais alto e perto
Deste aperto de peito e alma a transbordar
A cegueira mais doce do olhar
Este choro profundo
O sofrimento do mundo
Esta treva a ameninar
O último estádio da vida
Tantas as lembranças a desfilar
Nos olhos humedecidos
De entardeceres antigos
E sonhos e pesadelos e castigos
Uma roda bordada na saia que vesti
Velho trapo a lembrar o passado
Já guardei as histórias que vivi
Na saia agora um legado
...
musa
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