quinta-feira, 22 de junho de 2017

O NADA DA VIDA

O NADA DA VIDA

Não sei se há poesia
Na seiva carbonizada
Na terra queimada
Na casa vazia
A dor do nada
Os nadas que sobram
Das cinzas que restam
Dos sinos que dobram
Dos homens que florestam
Verbos por inventar
Silêncios que manifestam
Lágrimas no olhar
E nada por dizer
Nada por gritar
E nada a fazer
Da alma em carvão
E a seiva ardida
O corpo é a solidão
Do nada da vida

musa

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