PONTAS SOLTAS
O tempo apaga-te
E tu deixas
Casulas de palavras por abrir
Amontoam-se confusas
As ideias perdem-se da razão
Dos becos sem saída do sentir
As saudades esquecidas
Arrefecem o coração
Já não se sabe mais onde procurar
E somente apetece desistir
Perdem-se as lembranças no velcro do pó
Inertes fragrâncias de luz agarradas
Soltas suspensas
Num laço e num nó
Ponto a ponto agrafadas
De matérias apensas
Mera pacificação
Partes do teu ser
Em imaterial infinito
De peças por coser
Nos puídos sonhos da ilusão
Um murmúrio contrito
A desmembrar a solidão
...
musa
Sem comentários:
Enviar um comentário