domingo, 12 de fevereiro de 2017

ABANDONO

ABANDONO

Deixas-me ficar sussurrando no meu sentir angustiada
Murmurando silêncio triste da ausência que permites
Humedecendo olhar das lágrimas cruas que omites
Pois ao não ver-te que sei do quanto sou amada

E assim esquecida dos teus olhos tão abandonada
Perdida em meus pensamentos ouso entristecer
Ao lembrar o quanto me queres de íntimo prazer
Quando por ti sou esculpida e na boca beijada

Derretendo mármore frio no calor das mãos chamas
Da fogueira que os teus lábios incendeiam de loucura
Ao abandono do sentido com que tanto me amas

Para arderem entre as carícias ousadas dos teus dedos
A cumplicidade abandonada da sensível e intensa ternura
Que os dois escondemos em tarde de mil sonhos e segredos
musa 

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