MORTE DE
MIM
Morro um
pouco a cada dia
Tão perto
e longe estou da morte
Distante
o gozo e a apatia
Ditosa
dama de altivo porte
Estende
me os braços a consorte
Que mais
ninguém a queria
E eu na
minha vida a aceitei
Este
fardo lodoso triste pesado
Um manto
encardido sujo molhado
Com todas
as lágrimas que já chorei
A vida
que a vida me ditou
A raiva
que nunca ultrapassei
O destino
que pelas costas me apunhalou
Desta
vida cansada de tudo enfim
O
silêncio que adentro calou
O mais
secreto de mim
Morro um
pouco a cada dia agora
Conformada
com a minha condição
Desespero
a morte que demora
A dar me
finalmente a sua absolvição
...
musa
Sem comentários:
Enviar um comentário