quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

POEMA DO FIM DO MUNDO


POEMA DO FIM DO MUNDO
21/12/2012

Que seja o fim de todas as coisas
Princípio do medo sem silêncio
Escuridão dos tempos urdidos
Na imensidão de todos os sentidos
Que seja início de novos sentires
Solidão dos que presos se sentem um só
À terra toda que servirá para os cobrir
Até que voltem a ser apenas pó
E no mundo deixarem de existir
Não haverá luz nem o perfume das flores
Não haverá a chuva em ventre de orvalhos
Não haverá a sombra a dançar no vento
Ninguém mais sentirá dores
Nem os pássaros virão cantar sobre os galhos
Até que os dias voltem a ser tempo
Surgirão das trevas outras horas
Jamais de silente sentir iluminadas
No embalo de todas as demoras
Que possam de sonhos ser sonhadas
Guarda-se a vida em supremo sentir
Não houve tempo de construir a arca de Noé
Os rios correrão até aos mares sem desistir
E possa o homem novo por em chão firme o seu pé
E a nova terra brilhar por outros olhares
Enfim em céus de cores nunca vistas
Porque o fim do mundo é tu não acreditares
E o começo ensina-te a que nunca desistas
musa

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