Pedra metal alvenaria
madeira
Na minha pele começas
a esculpir
Pegas-me de qualquer
maneira
Sem eu te pedir
Fuste dos teus
sentidos
Profusão de relevos
Entre sussurros
gemidos
Fissuras estrias
sulcos nervos
De outros tantos
desprovidos
Clássicas caneluras
Entalhes detalhes
consentidos
Em nossas tantas
loucuras
Aneladas
Caneladas
Cóclidas
Corolíticas
De tambores
Entrelaçadas
Estriadas
Fasciculadas
Galbadas
Monolíticas
Prismáticas
Rostradas
Rusticadas
Salomónicas
Corpo arquitrave do
sentir
Mãos Jónicas do ser
Cariátides a se
insurgir
De relevos de prazer
Na dureza do tesão
Dóricas sensações
Lavradas emoção
Pedra de todas as
paixões
Coríntias carícias
Nervuras leões
Paraíso das delícias
Toscanas insanas
Portões de doces
beijos
Compósitas profanas
De escultóricos
desejos
Sensual comoção
capitel
Do olhar pleno
extasiado
Coluna adornada pele
com pele
Do nosso sentido
provocado
A começar em
clitóricos pilares
Instantes momentos
ensejos
De todos os tempos
desejos e beijos
Onde tu me deixares
Começar a sentir
Corpo Philae
Mulher coluna
Dedo a dedo esculpir
Inteira una
…
musa
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