sábado, 28 de fevereiro de 2009

LUAR

Seduz-me de rubro negro bela deusa Selene

Assim desfraldada de vastos braços verdes esguios de folhas ao luar

Teu manto de luz no lago proibido perene

Deixa-me entristecida em tão imponente olhar

E vinha eu aqui surpreendida

No negro luto da noite iluminada

Miriade de sonho reflectida

Das sombras dançarina

Na alma a vida

Pelas mãos do escuro transparente

Deusa timida clara e bela

Lua fulgente

Dando seu rosto cheio de desditosa amada

Os olhos fulminantes como cálida lamparina

Linda ousada sorridente

Fosse eu como ela

Luar inocente

Imagem de luz colorindo o preto num traço esboço

Toda essa noite aí espelhada

Prateando as águas sobre o leito fosco

Sonho enluarado na noite fechada

Em quadro tosco

A lua retratada

Em noite

Cheia

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