segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

ARQUITECTURA DO AMOR

Começei a escavar o chão... com as minhas mãos passeei em toda a tua pele.... desfazendo a cama onde nada acontece... como se estivesse cansada... arrefecida pela solidão... olhei os teus olhos dentro em doçura quase mel... estranha paixão onde me perdi... silêncio brisa do vento caíndo por fim sobre o meu corpo... ideias loucas desprendidas como vigas de sustento desse olhar... amei... em abraços rompendo da terra como esteios... num doce andar terno e lento... chorei... o meu pensamento quase morto.... desvaneceu no dorso molhado das minhas lágrimas... senhora de todas as águas... provei-me de sal... erguendo paliçadas de palavras construi o meu ser... arquitectei-me de poemas... dei-me em tecto quase dor... e compreendi que jamais seria igual... porque me fiz de amor... até morrer...

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