PENAS DA ALMA PARA A MÃO - papiro editora TEU CANCRO MEU - papiro editora RUSSA A BURRINHA TECEDEIRA - papiro editora À FLOR DA PELE DOS SENTIDOS DA ALMA - pastelaria studios editora
sábado, 28 de fevereiro de 2009
GOTAS DE VENEZA
LUAR
Seduz-me de rubro negro bela deusa Selene
Assim desfraldada de vastos braços verdes esguios de folhas ao luar
Teu manto de luz no lago proibido perene
Deixa-me entristecida em tão imponente olhar
E vinha eu aqui surpreendida
No negro luto da noite iluminada
Miriade de sonho reflectida
Das sombras dançarina
Na alma a vida
Pelas mãos do escuro transparente
Deusa timida clara e bela
Lua fulgente
Dando seu rosto cheio de desditosa amada
Os olhos fulminantes como cálida lamparina
Linda ousada sorridente
Fosse eu como ela
Luar inocente
Imagem de luz colorindo o preto num traço esboço
Toda essa noite aí espelhada
Prateando as águas sobre o leito fosco
Sonho enluarado na noite fechada
Em quadro tosco
A lua retratada
Em noite
Cheia
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
DESEJO AMOR PERFEITO
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
TULIPA NEGRA
Vem surpreender-te entre virgens rosas de cheiro intenso
No cálice húmus flor de terra em nobre momento
Queima de ardor no meu olhar o incenso
Flui aroma em pétalas de vento
Perto de ti
Sensualidade de rubro tempo entre nós chama acesa
De um vermelho quase negro ousando beleza
Florir entre lábios doçura ardente
Derrama em minhas mãos
Pétalas de amor
Ausente
Como ter-te em mim sem temer perenidade
Tua haste segurando pétalas de negro
Brilho cor de púrpura vivacidade
Que no teu olhar antevejo
Pálida de mim
Tulipa
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
ARQUITECTURA DO AMOR
domingo, 15 de fevereiro de 2009
AS TRÊS GRAÇAS
sábado, 14 de fevereiro de 2009
AMOR IMPERFEITO
Por ti chegarei ao fim da tarde
Amor na doçura de um poente
Encontro de passos rumo à eternidade
Enquanto nossas asas se agitam lentamente
E em bicos de pés amor imperfeito beijas meus lábios
A tua boca perdida docemente entreaberta
Ousando em quimica fórmulas de sábios
Mistura doce e secreta
E quando teu olhar faz a viagem subindo a linha
Lembro a dor que reparti pelo cais
Como flor de tempestade que se avizinha
De um amor tido jamais
Outra vez tão perdida tão sozinha
Faço a viagem deste sonho que eu invento
Queria ser andorinha e com o bando chegar
Na tristeza de um momento
Poder aí te amar
Das raizes de um só gesto abrir-te o mundo
Sou como um barco vazio
Em leito negro tão profundo
Presa na margem do rio
Num instante num segundo
De abraços te resgatar
Ai nosso amor que tanto demora
Nesse império de sentidos
Sem louros e sem glória
Por estes caminhos perdidos
Imagem assim entristecida
Essa noite de ternura
Em que na escuridão recolhida
Parti à tua procura
Com saudades de te dizer
Como te tenho no meu peito
De palavras te escrever
Assim tão deste jeito
Ter-te a ti
De mansinho e com ternura
Poder voltar sempre aqui
Com amor e com loucura
De uma vida que perdi