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quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Carta aberta ao ...
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Olhar Céu Mar
Se pudesse mostrar-te agora
Nestes céus o meu olhar o céu e o mar
O maravilhoso infinito eterno dessa hora
Ainda alto o sol a brilhar
As águas a quererem tê-lo só para elas
Um leito sereno azul sem mácula de brisa
Imortalizado nas mais belas aquarelas
Prenhe minha visão que por aí desliza
O ar soprando sem lhe levantar os véus
Apenas meus olhos que o agitam de tanta excitação
E desse jeito te mostro o meu viver a minha razão
As voltas de encantos na brisa de sonhos oferecidos
Levando de mim no vento
Prantos há tanto tempo acontecidos
Por esse sentimento
E agora quem és tu que do seio do tempo
Me vens alimentar
De promessas de vida
Em que eu possa acreditar
Sentida
No crepusculo prateado te espelhas de alma como um sol doirado
Possa eu ser assim
Um ser nas tuas mãos um astro aprisionado
Quente cálido brilhante sem fim
Nesse ocaso
De luz
Afogueado
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Érato
Meu espirito disperso entre tuas dores felinas
Volto dessas palavras para num verso te dizer como me encantas como me animas
Deixei lagos riachos bosques florestas prados e montanhas
Fugi ao deus das árvores e da loucura
Na minha mão a imortalidade que tu já não me estranhas
Pois vês em mim toda a luxuria e formosura
Dessas noivas veladas botões de rosa encantadas
Num gracioso movimento de dança esvoaçando coroadas
E dessas nove noites consecutivas no teu leito escarpado
Nascemos nós as nove musas desse amor de Zeus e Mnemósine partilhado
Para te contar desejo do passado do presente e do futuro
No deleite que antevejo tão instável e inseguro
A de bela voz a proclamadora a amável a doadora de prazeres
A poetisa a de muitos hinos a que faz brotar flores a rodopiante a celestial
Se nos meus abraços não morreres
Quem sou eu
A amante sacerdotisa divinal
Que no pranto da natureza de palavras te dou o que não é mais meu
O que num verso erótico te inspira o irreal
Poema de Orpheu
domingo, 26 de outubro de 2008
Mar de Abandono ao Anoitecer
Porque deixaste a porta aberta
Ficou a tua porta aberta
Do tempo que te trouxe até mim
A tua existência secreta
Sem começo nem fim
Nesta casa deserta
Fui eu que quebrei o sonho caíndo de medo no chão
Dei-te todo o meu ser em cacos partido
Na impaciência do segredo de te ter no coração
Tão insistentemente sentido
Ficou em mim a planura da tua mão
Num tacto desejo à flor da pele
Nos lábios loucura teu gosto a paixão
Entre o amargo da dor e o beijo doce mel
Que em ventos brisas destas palavras perde sua razão
Fui eu que te abandonei
Por sentimentos secretos sem morada certa
De amor impuro me apaixonei
Deixando-te a porta aberta
Ficou-me a tua presença ausente
Rebelde lembrança que vou guardar
Nunca me foste indiferente
No tempo louco que vou te amar