segunda-feira, 6 de julho de 2015

AS PEDRAS NÃO FALAM

Não me dêem gloria
Não me dêem feitos
Guardem-me na memoria
Entre os eleitos
E no vosso coracao tambem
Fui filho amado da minha mãe
E deste país alem
Sim fui um país uma ilha
De casas caiadas de branco
De dadiva de união de partilha
De sorrisos de abraços de pranto
De deuses imaginados e de homens sem idade
De chão lavrado mar azul e oliveiras
De ideias oprimidas forçadas prisioneiras
De sonhos de promessas de cânticos e liberdade
E olhos perdendo a vivacidade
E no corpo ilhéu de desumanidade
A morte rodando de tantas maneiras
Nas pedras rolando cabeças da antiguidade
E o silencio oprimido dos que calam
A grega prece do sangue e da lealdade
Porque as pedras essas também falam
Do tempo dos ideais e da verdade
...

musa

1 comentário:

Unknown disse...

Olá, Ana.
"no corpo ilhéu de desumanidade
A morte rodando de tantas maneiras" - a morte presente na vida. Porque de tantas maneiras se morre, estando vivo.
abç