E TODO O MEU CORPO TE RECLAMOU
PENAS DA ALMA PARA A MÃO - papiro editora TEU CANCRO MEU - papiro editora RUSSA A BURRINHA TECEDEIRA - papiro editora À FLOR DA PELE DOS SENTIDOS DA ALMA - pastelaria studios editora
sábado, 21 de março de 2009
ONTEM NÃO TE VI
sexta-feira, 20 de março de 2009
DANÇA
TRAÇO
quinta-feira, 19 de março de 2009
CARAVELA
Vagas...
Naus soltas no tempo
A minha alma pergunta pela tua
Há um mar de segredos entre nós
Almas desvairadas em movimento de luz
Desato-me de laços e de nós
Com o luar da lua
Mostra-me onde é o caminho
No meio das ondas e das vagas nossas vidas em cruz
Deixa-me ser bruma em teu destino
Porque a ter-te
Apetece-me abraçar-te a alma
Fazer amor com tuas palavras
Querer-te
Tê-las rosadas de sabor e de cheiros intensos
Húmidas e macias como a carne do ser
Odores acres de incensos
Apetece-me invadir-te de mil vontades
Sair-te no corpo salgada
Ter-te de maresia
Fazer-me mar em ti
E nesses oceanos navegados
Entre tormentas e turbilhões
Passaria encostada ao paredão
E amarraria no teu ser
Costa de múrmurios e solidão
Apetece-me ser dos teus gritos
Ter-te tanto na fúria dos mares
Amarras de mim desprendo
Se um dia tu me navegares
Cordas de que serão feitas minhas vontades
Com cheiro de bruma e sal
Prende-me das tuas necessidades
Com fio flor de sisal
Amarra-me caravela no vento
Com cordas que me prendem de sentidos desvairados
Em corpo que não se entende com o pensamento
Mil vontades que morrem antes do querer
As mesmas que se fazem vagas em mar
E de todos os sentidos conquistados
Desejo apenas viver
Esse momento de amar
Porque de um traço fui vela
Em nau de caminhos insatisfeita
Serena levada em sentimento
Sonhava ser caravela
Passar em cabo de tormentas
Para um dia chegar a bom porto
E ter alguem à espreita
Sonhava ser nau em águas doces
No bravo mar em que te movimentas
Por um momento queria que fosses
Cor em minhas tramas em minhas telas
Ter-me de tintas e de palavras
Olhar pelo teu olhar ... e ver
Por um instante não quero que me entendas
Mas deixa-me ser
Parte de um mastro que segura teu rumo
Chão de toda a tua alma erguida pelo sentir
Posso até ser pêndulo no fio de prumo
Mas se um dia partir
Dá-me o momento de vazar areias em maré acontecida
Mostra-me caminho em tempestade
Deixa-me ser vaga em tua vida
Mas por inteiro e de verdade
Deixa-me ser caravela de prazeres insanos proibidos
Rasgando ondas em azul de sal
A cor que procuras não encontras
Porque no tempo não há igual
E ao pintares as tuas telas
Faz-me caravela de sentidos
Que em qualquer mar afrontas
Como pintas em aguarelas
Tantos dos teus sonhos já vividos
sábado, 14 de março de 2009
VISTAM AS MULHERES DE POEMAS... CUBRAM-NAS DE JOIAS DE PALAVRAS
Vistam as mulheres de poemas
Cubram-nas de joias de palavras
Sintam em si caricias de rosas bravas
Pétalas de azul cor orvalhadas
Efémera sinfonia de odor
Adornem peles esbranquiçadas morenas
Rubias amareladas negras de cor
Em pleno deserto florescem escravas
As rosas azuis molhadas lágrimas sentidas
Mulheres em flor
Despidas
Vistam as mulheres de poemas
Com tecidos de seda de mil cores
Mil fios na trama de vil esquemas
Onde elas escondem suas dores
Cubram-nas de joias de palavras
Rasguem-lhe o corpo de sentidos
Em pedras raras contem suas mágoas
Tempo de ter sonhos prometidos
Poemas e joias feitos de pele
Tez de caricias em poesia
Mulheres doces
Mulheres de fel
Feitas da noite
Feitas do dia
sexta-feira, 6 de março de 2009
ATÉ FICAR PÓ
quarta-feira, 4 de março de 2009
ANIMA VÉU
domingo, 1 de março de 2009
ROSAS...obrigada Katia Guerreiro pelo "fado" à Brunoy
Eu quero amar
Amar as rosas
Ter-me de cheiros
Cores e prosas
Amar de rosas no meu peito
Ter as rosas na minha mão
Amar de qualquer jeito
No coração
De qualquer cor
Eu quero amar
Eu quero amor
Ai se tu soubesses do meu jardim
Constância de luxúria toda florida
Ter-te todo de rosas dentro de mim
Em flor amar de pranto assim sentida
Eu quero ser roseiral no teu olhar
Das rosas a mais branca a mais bela
Como pétalas de espuma bravio mar
Pintado de cores húmida aquarela
Das rosas me tenho perfume encanto
Campo de flores em meu peito sem espinhos
No olhar saudade triste sentido pranto
Bordado de cores sendas veredas caminhos
Oh... rosas floridas do roseiral
Deixai em meus olhos sonhos e vida
Aqui de rosas chão de Portugal
Sou terra choro olhar de partida
Dai-me as rosas folhas verdes esperança
Num canteiro florescer triste dor
É do cheiro delas que eu tenho mais lembrança
No meu peito aberto cresce rosa linda flor