segunda-feira, 28 de julho de 2008

A bisavó Maria

A minha bisavó que foi durante mais de quarenta anos, parteira do povo, aparadeira, ajudando a parir as mulheres das redondezas onde vivia, ajudando a nascer aqueles a quem perdeu a conta, que quase sempre acabavam por se tornar seus afilhados, nunca perdeu uma mãe ou uma criança, pedia sempre ao Santo António protecção e uma hora boa, na altura do parto, prometendo muitas vezes que a criança se chamaria António ou Maria Antónia, já que ele teve nos seus braços o Menino Jesus. E Sto. António porque ele é o mestre da palavra, usando palavras simples para que o povo as entendesse, carinhoso e generoso, a mensagem que transmitia era tão magnífica e atractiva, transmitia tanta confiança e fé, que fazia com que muita gente o seguisse, acompanhando-o, reunindo à sua volta uma imensa multidão só para o ouvir falar. A sua função evangelizadora correu mundo, cativando pela força das suas palavras determinadas e pelos milagres que lhe são atribuídos, conseguindo até que os peixes o ouvissem, com este milagre obteve a conversão de muitos hereges e a partir daí, eram muitos os que acorriam para escutar os seus discursos reveladores e repletos de sabedoria, sempre usando a força da palavra para convencer o mais infiel e descrente, tal era o poder cativante e eloquente que ele possuía e a sua cultura, que lhe dava o à vontade, com que lidava com as palavras. ao escrever os seus discursos, transmitindo a grandiosidade das suas crenças, perpetuou no tempo as palavras que nos chegaram até hoje, dedicando-se à escrita de alma e coração, ajudando principalmente, a encontrar Deus nas nossas vidas, fazendo uma aproximação à vida de Cristo através do exemplo da sua própria vida.

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