CADA VEZ MAIS SÓS
Não falta à mesa o pão
Repartido por um qualquer deus
Dividido na incerteza e na solidão
Tão nossos e tão seus
Tão diferente e tão igual
Tão da terra e tão dos céus
Na mesa farta de Natal
Sorrisos descontentes
Na imprecisa união
A fartura destas gentes
Em festa e gratidão
À mesa com tudo o que lhe pertence
Todas as iguarias festivas
Sem as doçarias esquecidas
Que pela fome não convence
A ilusão doutras vidas
E o silêncio desuso da prece
Imperfeito e profundo
Já das contas perdidas
Por vezes ainda acontece
Lembrar a oração do mundo
A fé a bater no peito do olhar
As horas adormecidas
Sem tempo de orar
Cada vez mais sós
À mesa longa e comprida
A comer perde-se a voz
Que importa ao lado a outra vida
...
musa
Imagem: La soupe des pauvres - pastel
" L'Appel du Bleu" Jean-Yves Simon - Editions Boussole, pág. 203
Não falta à mesa o pão
Repartido por um qualquer deus
Dividido na incerteza e na solidão
Tão nossos e tão seus
Tão diferente e tão igual
Tão da terra e tão dos céus
Na mesa farta de Natal
Sorrisos descontentes
Na imprecisa união
A fartura destas gentes
Em festa e gratidão
À mesa com tudo o que lhe pertence
Todas as iguarias festivas
Sem as doçarias esquecidas
Que pela fome não convence
A ilusão doutras vidas
E o silêncio desuso da prece
Imperfeito e profundo
Já das contas perdidas
Por vezes ainda acontece
Lembrar a oração do mundo
A fé a bater no peito do olhar
As horas adormecidas
Sem tempo de orar
Cada vez mais sós
À mesa longa e comprida
A comer perde-se a voz
Que importa ao lado a outra vida
...
musa
Imagem: La soupe des pauvres - pastel
" L'Appel du Bleu" Jean-Yves Simon - Editions Boussole, pág. 203
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