Dito assim
Devagar
A tarde a respingar
Fria chuva a cair
Para além da vidraça o olhar
A ver quem passa por mim
E se demora no meu sentir
A escorrer pela garganta
Aromático sabor de orientais sentidos
O sabre da saudade a ferir
Luz que frialdade espanta
Dedos entorpecidos
Suave tonalidade
Uma gota a ressurgir
Tempo que parou
Na verticalidade
Vidro embaciado
Vento âmbar líquido cantante
Por dentro gritou
Melancolia cortante
Verso resfriado
Palavra andante
Verbo no passado
Por escrever
Sombreia a poesia
Silêncio a querer dizer
Aquece-te na minha alma
Na gélida pele da tua ausência
Pranto por saber
Luz que acalma
Frio demência
A transparecer
...
musa
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