Vou
escrever onde os homens gotejam
De
tanto pecarem pingam sémen
Onde
lágrimas tombam desejo
Vontades
sobejam
E mãos
afagam membros erécteis
E
olhos se fecham na esterilidade
Do
poema desfeito em versos
Num
vaivém inutilidade
Apunhalados
em poesia
De
acariciados sentidos
Em
mente orgia
Meus
reversos
Noite
e dia
Perdidos
Ficam
gotas leitosas esbranquiçadas
Denunciando
o pecado e a heresia
As
prosas engalanadas em poesia
E os
dizeres em afagos de mãos fechadas
Incriminam
o verso tido imoral
E a
mente da poetisa ousada
Verte-se
quase imortal
Na
rima desnorteada
Imprópria
surreal
Desgovernada
Desengonçada
Destemperada
Soluça
poético espasmo do verso
Masturbado
na indecência incontida
Em
rima de maledicência destemida
Jaz a
melancolia incompreendida
Na
mente sobeja e grassa o poema
Na
indolente matéria poetada
Goteja
incessante dilema
Na
forma desinformada
Formula
ou teorema
Poesia
maltratada
Vil
esquema
Tema
tesão
Ei-la
a rima que me acena
Alarmada
na flor brusquidão
E
grita: que fazes tu ao verso?
É
poesia ou masturbação dos sentidos
É um
poema imerso na inquietação e gemidos
Do teu
corpo desassossegado?
Ri-o o
sorriso orgasmo encontrado
Aflorando
a estrofe em carícias doces
Deixo
excitada vibrar em lentidão
Todo o
poetar de alma e corpo amado
E
antes que em mim fosses
Amor
ou louca paixão
Sacio
verso acabado
Sem
solução
…
musa
1 comentário:
Maravilhoso seu poetar...E seu espaço aqui versado...Bjs
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