quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

VIDA MARIONETA







Tem dias que não sei
se sou deste mundo
se o mundo é destes dias
tal o sentimento profundo
que mede mágoas e alegrias

sinto-me estranha marioneta
nesta existência presa de laços
sem rumo destino caminho meta
que leve a bom porto meus passos

às vezes não sei se me querem
se sou essa ausência sem nome
por dentro aceito tudo o que me derem
o que sacie minha sede e mate a fome

pergunto-me porque existo assim
sem morada de uma alma cansada
num
labirinto onde se esconde tudo
porque tantas vezes penso no fim
e sonho
mais do que vivo acordada
sem forças de viver o que nunca mudo

não sei
se alguma vez
alguém irá entender
este inferno de sentidos
quem sabe
talvez
possam compreender
todos meus castigos
e me ajudem a
ver
esses caminhos perdidos
entre o viver e o morrer
entre o querer e o
fazer
...
musa

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