quinta-feira, 5 de outubro de 2017

TEMPO DE OUTRORA

TEMPO DE OUTRORA

Avenue de Bourdonnais au Champs de Mars cantava no meu olhar
O tempo era uma antiguidade ou biblioteca de decoração
Coberta de pó a ferragem negra atravessa qual armadura a minha imaginação
Quantas horas vislumbrou a torre ali naquele lugar
Citadina paisagem de janelas fechadas às horas impulsivas de sentir
De escondidos pecados e secretas virtudes por contar
Nem ninguém leva dali segredos na hora de partir
Que a torre altaneira sentinela dama está atenta
Na chávena de porcelana de Sévres um aroma a chá de menta
Desafia a torre no tempo de outrora e na altura
Em sequiosa e demorada loucura
De uma inspiração sedenta
Um jogo de ruas por onde fugir
Suspiros e sentimentais delírios
De imaginados martírios
Que a história alimenta
Em complicidade a consentir
Tantas memórias dessa cidade
Quanta intimidade
Ainda por descobrir
...
musa

Sem comentários: