sexta-feira, 11 de agosto de 2017

PROMESSA

PROMESSA

Hei-de esquecer-te mesmo que os ventos teimem sussurrar
Os murmúrios mais tristes de chorosos lamentos
Esquecer o quanto pude amar e sofrer e chorar
Tenebrosas tempestades a enlouquecer pensamentos

Dilúvios de pranto não mais do que lágrimas escorrendo
Um aperto de peito com toda a frialdade da ventania
A mais amarga e sofrida e desumana melancolia
Que todo corpo e alma carrega de promessa morrendo

Pois hei-de morrer por ti no silêncio dos versos humedecidos
Prometendo amar-te como quem ama a sofrer
E tem na vida tantos desgostos prometidos

Como quem confessa do amor que em palavras prometia
A loucura dos sentidos por tanto e tão pouco querer
Que a escrever de promessas não se faz a poesia
...
musa


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