segunda-feira, 8 de maio de 2017

DA MORTE QUE DEMORA

DA MORTE QUE DEMORA

Olho para o  retrato com marcas de viver
O rosto eterno de traços e vincos de saudade
A pátina morena a perdurar a eternidade
Que a memória teima em não esquecer

Já só me resta a fotografia para lembrar
O amor que lhe tenho e os beijos que dele tive
E esta dor persistente que luta por dentro e que me vive
E faz uma lágrima húmida e quente no rosto rolar

O vazio do olhar e a tremura com que seguro na mão
Todo o peso do sentimento desse amor de outrora
E no pensamento vagueia tempo e solidão

Amor que nunca foi meu mas que eu sempre amei
E eu sei que a morte que não demora
Me levará ao lugar lá onde eu o deixei
...
musa

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