quarta-feira, 5 de outubro de 2016

SE NUNCA ME LÊS

SE NUNCA ME LÊS

Ingrato viver
em livros nunca abertos
por mãos de amor…

E nos olhos ter
Sentidos tão secretos
Dessa dor maior

Porque me escreves
Se nunca me lês
Porque tanto me temes
E nunca me vês

Sou folha em branco
As linhas de um caderno
Sou nos teus olhos o pranto
Desse sentir escrito eterno

Ingratidão infinita
Loucura de pensar
Folha solta dessa escrita
Onde se esconde o meu olhar

Se nunca me lês
Porque folheias a vida
Já dos livros esquecida
Sem perguntas sem porquês
A palavra enternecida
Mistério por revelar
Um verso talvez
Num livro para amar

Entrelinhas o desejo
Da mais bela caligrafia
Na páginas da boca um beijo
Num livro de poesia
musa 

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