quarta-feira, 19 de outubro de 2016

NOSTALGIA OUTONAL

NOSTALGIA OUTONAL

No areal não há árvores a sombrear
Não há folhas pelo chão amarrotadas
Não há pássaros de ramo em ramo a esvoaçar
Não há águas de ribeiros sobressaltadas
No silêncio sentido nostalgia outonal
Há um tempo perdido crucial
Mudança se aquieta no berço dos frios
Em invernia transcendental
Os dias são sombrios
A luz incerta

Curtos nas horas e entristecidos
Aromas de fogo aceso nas lareiras
Leitos revoltosos nos rios
Dias de sol esquecidos
Mornas canseiras

Romãs dióspiros castanhas maçãs
Gostos de tantas maneiras
Cheiros de hortelãs
Odores sentir

A nostalgia do outono em cores
No olhar envelhecido existir
A lembrança de velhos amores
Em caídas folhas da vida
Uma saudade a consentir
Um abraço de despedida
musa 

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