sexta-feira, 9 de setembro de 2016

POEMA A UMA MANHÃ DE AMOR

POEMA A UMA MANHÃ DE AMOR
Esta manhã despi a pele
Do teu corpo impregnado
No meu cheio de ti


O banho higiénico
Do amanhecer deslumbrado 
Levou te aos oceanos


Escorreu um rio de mel
Nos socalcos lembrança
Adivinhando a tua infância
Pelo canto do olhar demorado
Em tanto amor que senti


Devaneio cénico
Momentos estranhos
Instantes de paixão 


E nada perdi
Debaixo do chuveiro da imaginação 
Havia ainda a escorrer
A furtiva lágrima com que me despedi
E as pernas a tremer
Desse amor feito
De tanto prazer


E a bater no meu peito
A saudade e o desejo
Despido o tempo imperfeito
Verbos por florir
E o beijo


E sabes meu amor
Pode a água da chuva dos rios do mar
Lavar todas as lágrimas que eu possa chorar
A pele dos sentidos sempre que me despedir
O teu cheiro no meu corpo inteiro
Na minha boca nas minhas mãos no meu olhar
Até o despido cansaço
Apenas deixar
O teu abraço
Aqui


E vou vestir me todos os dias de ti
musa 

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