domingo, 22 de maio de 2016

CORREDORES DE SILÊNCIO

Vadio o vento ergue-se silêncio imperfeito
Da brancura ao cinzento umbrias tonalidades
Da loucura ao lamento sombrias sensualidades
Como se a luz abrisse ao tempo o seu peito

Tépida a claridade em cadáveres sem rosto
Pulsa o abandono na teia insustentável da leveza
Tons de preto a sangrar-se em sol adentro posto
Em silente e sensível orgia de medo e incerteza

No corredor do silêncio a treva floresce a solidão
Em emoções indivisiveis de absoluto sentimental
Como se fantasmas coloridos invadissem imaginação

Sussurra o vento em destroços pelo chão
Em abraços estreitando a sombra sepulcral
Como se a vida ainda refulgisse na escuridão
...

musa

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