segunda-feira, 8 de junho de 2015

RIO EU

RIO EU
Eu tenho um rio de palavras
Tu bem sabes que sou eu
E quantas vezes te cansas da minha enchente
Deste sentir de paisagens tão meu
Das margens selvagens que te crescem
Da alma e pranto e corpo e sentidos da veia que sente
Do meu ser escorrendo em rebeldia
Dos versos que de sonhos se tecem
Das águas límpidas murmurando como lágrimas
Deste âmago húmido latejando quente
Da minha essência que é poesia
Da profundidade do meu leito
Sou rio sim líquido e terno
Da nascente sem fim até à foz
Sumo sangue seiva a bater no peito
Sereno eterno
Silêncio e voz
...

musa

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