sexta-feira, 1 de maio de 2015

QUE FAZES AÍ À CHUVA


qualquer praia onde o silêncio a pingar
a chuva que Maio me deu
os passos onde feneceu todo azul do mar
e as vagas alvas margaridas floridas
como se fossem gaivotas no céu
areias humedecidas
desse olhar tão meu

que fazes aí à chuva tão só no areal
e o mar adormecido tão quieto
como se a solidão fosse deserto
de um tempo surreal
de ondas desperto
profundo secreto
irreal

todas as praias têm um homem só
levitando quietude de marés por inventar
gritos que aves esvoaçam no aturdido nó
da garganta emudecida da solitude do mar

musa

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