segunda-feira, 18 de maio de 2015

À TUA JANELA

By @João Brum - Apontamento - Aguarela 13 x 18
joao.brum.35@facebook.com

Esperava as sombras com a velhice amarelada
A dourar o mel frio dos teus olhos tão serenos
Amendoada cor em riscos negros tão pequenos
Era por eles que eu via a vida lá fora fechada

E na moldura da alma as paredes envelheciam
As lembranças com pátina de um tempo sentir
Por essa janela as lágrimas em verde escorriam
Cada vez que te via esvoaçar ao vento e partir

A casa ainda é sagrado sentimento onde regressar
E por detrás da vidraça a vida sossega tantos segredos
Que jamais saudade alguma pode as cortinas fechar

Amarelas as paredes ainda são temporais e memória
Um fio de luz preso em instantes do olhar e medos
Vendavais de recordações a fazer da janela história
...
musa

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