quinta-feira, 16 de abril de 2015

FINITO PLÚMBEO


Ainda que a tarde espessa lívida cinza
De um plúmbeo pesado cinêreo
O sol ausente etéreo
Parece morrer
Nessa finitude
Do entardecer
Em inquietude

Humedecida frescura da maresia
Verdes são já os rebentos da primavera
Bailando em névoa sobre a copa das árvores
A luz fímbria de chumbo esfria
A noite acinzentada espera
De novo amanhã ser dia

E são todos os dias assim olhando o mar
A plenitude campestre que me aconchega
À espera de tudo acabar
Na cinza nostalgia
Que nunca chega
Ao meu olhar
...

musa

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