quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

SONETO DA CEGUEIRA

SONETO DA CEGUEIRA

Descem sombras sobre o olhar
Temível véu negro cai nevoento
De formas disformes a perturbar
Nos olhos esse escuro macilento

Que teima em pintar cinzento e baço
De bafiento sentido o colorido da vida
Trazendo aos meus olhos duro cansaço
Deixando-me inquieta e tão perdida

Perco a nitidez dos traços na terrível cegueira
Entrega se a alma ao pranto humedecido
Que triste é viver assim desta maneira

Que céu de tempestade encobre o ver
São as negras sombras do olhar sentido
Lágrimas escondidas em tímido sofrer
...

musa

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