domingo, 8 de fevereiro de 2015

CARONTE

CARONTE
Caronte verteu lágrimas brilhantes
Moedas soltas na luz do horizonte
Mais duras que pedras diamantes
Brilham no fundo escuro da fonte



Barqueiro que deixa enfim passar
Estela boreal para além claridade
Pranto iluminado do meigo olhar
Oferenda jorrando a impunidade



De Hades trespassa a noite vagante
O óbolo mordido do fino metal
Luzindo eterno o grito aceso errante

Que luz divide mortos e vivos do mundo
Lava na fonte o choro divino carnal
O último suspiro exangue profundo
...
musa

Sem comentários: