sábado, 24 de janeiro de 2015

CINZAS DO AMOR

Há fogo e lume e esta ânsia secreta
Planura seca nevosa enferma
Rara flor que queima dor incerta
Da triste loucura desterrada e erma

Essa infernal visão fogueira desencanto
Arde a culpa no roseiral da alma
No peito profundo a chama pranto
Do olhar as lágrimas em perfume acalma

O odor que o tempo em meiguice desvanece
No fundo dos olhos marejados de sentidos
A tristeza afago do sentimento tece

O fogo lento inebria em compaixão calor
As mágoas derramadas de pensamentos perdidos
Restam as cinzas renascidas do amor
...
musa

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