segunda-feira, 3 de novembro de 2014

VENTO CHUVA FRIO

VENTO CHUVA FRIO

Lágrimas tombam sobre a terra do alto do céu
Derramam gélidas gotas frias em obliqua ventania
A chuva levando as últimas folhas das árvores como troféu
Dançantes as sombras descendo a escuridão como um véu
Uiva o vento em furiosa alucinante litania
Proclamando temeroso pesado o inverno
Encurtando as horas do dia
Fazendo eterno

Fria chuva vendaval
Entristece o tempo que há-de vir
Efémera leveza da claridade sepulcral
Que esfria esmaece alivia de pranto este sentir
As rosas que perdem as pétalas sob a chuva
As velas que se apagam na humidade
O tempo que repentinamente se muda
Em arrebatada docilidade
Forma-se o temporal
Que é tempo de hibernar
Tombam as gotas em miríade
De luminosas pedrarias
Como se o dia estivesse a chorar
Das suas tristezas as alegrias

Olho da natureza essa magnanimidade
E sinto-me pela metade
Nessas gotas de chuva em fantasias
Da luz sinto saudade
Em gotículas euforias
...
musa


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